Por Amanda Moreira e Natália Oliveira
Às vésperas de completar dez anos, o Curso de Comunicação Social com habilitação em Jornalismo da Uesb continua permeado por uma importante discussão ainda sem nenhum resultado concreto: a reforma curricular. Por estar inserido em uma área de constantes mudanças tecnológicas, teóricas e sócio-ideológicas, o curso deveria acompanhar essas novas realidades a fim de que seus estudantes recebessem uma formação profissional e acadêmica mais contextualizada que lhes permitisse atuar no mercado de forma ética, humanizada e conectada com as novas tendências comunicacionais.
A reformulação da grade curricular, além de uma necessidade natural, é também uma exigência do Conselho Estadual de Educação-CEE desde o reconhecimento do curso em 2004, quando requisitou a incorporação das disciplinas de fotojornalismo e jornalismo online.
Para essa reformulação acontecer é preciso o desenvolvimento de um projeto pedagógico com as alterações necessárias na grade que deverá ser apresentado ao Conselho Superior de Ensino, Pesquisa e Extensão – CONSEPE. Mas a questão ainda não saiu do âmbito dos debates e depende, inicialmente, da iniciativa do corpo docente que se mantém até hoje passivo diante de todas as reivindicações estudantis.
Tendo em vista a lentidão no curso de Comunicação para a tomada de decisões em relação à reforma, esse momento torna-se oportuno não só para o acréscimo das disciplinas de foto e webjornalismo, mas, principalmente, para se repensar toda a grade do curso. Uma vez que, esta apresenta inadequações e carências perceptíveis que refletem diretamente na qualidade da formação dos estudantes. Exemplos são a pouca oferta de oficinas que preparem o estudante para a prática da profissão e algumas disciplinas que se confundem em suas ementas e propostas como Comunicação e Mercado Regional e Comunicação e Realidade Regional.
Para essa tão urgente e bem-vinda reformulação curricular acontecer e, realmente, melhorar o ensino-aprendizagem no curso, ela deve ser acompanhada de mudanças estruturais e de pessoal, como a implantação de fato do laboratório de fotojornalismo planejada para desde 2005 e a contratação de mais professores.
Enfim, diante da importância que é a reforma curricular do curso de Comunicação Social da Uesb, o momento pede seriedade e rapidez nas discussões das quais devem participar ativamente todos aqueles interessados na melhoria do curso para que, realmente, em março, tenha-se motivos concretos para se comemorar 10 anos.
Veja o fluxograma do curso aqui: fluxograma-2007.pdf